Em frente ao Complexo Cultural Funarte,slot brasa 777 - professores e orientadores da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF) participaram de assembleia convocada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). A categoria deu início à campanha salarial 2024, que tem como lema "Recompondo perdas: Rumo à meta 17".
Continua após publicidade
Dentre as principais reivindicações dos trabalhadores está a efetivação da meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), que busca igualar o salário base dos professores à média salarial de outras carreiras do serviço público do DF com nível formação superior. Outra demanda de destaque é o reajuste salarial de 19,8% para reparar as perdas decorrentes da inflação entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023.
Além disso, os professores exigem o cumprimento integral do acordo de greve firmado, em 2023, entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Sinpro-DF.
De acordo com a dirigente sindical Márcia Gilda, parte do acordo já foi efetivado. No entanto, o GDF precisa cumprir com a nomeação imediata de todos os aprovados no último concurso público, executar a realização de novo certame, bem como garantir a ampliação da carga horária de 20 horas para 40 horas e a participação dos professores em regime de contratação temporária na Semana Pedagógica.
Em consonância ao declarado por Gilda, a Secretaria de Educação informou ao Brasil de Fato DFque "grande parte dos itens que compõem a mesa de negociação já foram atendidos, como a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped), instituída pela Lei n° 7.316/2023", que atinge toda a categoria.
De acordo com a Secretaria houve ainda a nomeação de 100% das vagas destinadas ao cargo de professor da Educação Básica, conforme previsto em edital. Porém, durante a assembleia, os participantes denunciaram a falta de profissionais na educação pública.
Gilda reforçou a necessidade do governador dar celeridade aos trâmites internos de negociação para que sejam cumpridos todos os termos do acordo.
Valorização
O presidente da Central Única dos Trabalhadores no DF (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, ressaltou a importância do anúncio feito pelo presidente Lula sobre o lançamento do projeto para a construção de 100 novos campi de Institutos Federais em todo o Brasil. No entanto, ele frisou que é importante não apenas expandir a infraestrutura educacional, mas também valorizar aqueles que estão na linha de frente da educação pública.
"O Distrito Federal vai receber dois novos campi. E isso é muito importante. Mas é muito mais importante valorizar aqueles que trabalham na construção da educação pública. E isso passa pela valorização salarial de quem trabalha nas universidades, nos institutos federais e nas escolas públicas da educação básica, que é o nosso caso", apontou.
O deputado Chico Vigilante (PT-DF) destacou a mudança na remuneração dos professores da rede pública de ensino, que anteriormente ocupavam o topo do ranking como os mais bem pagos do Brasil, mas agora estão posicionados em sexto lugar entre as categorias de nível superior e em terceiro para o ensino básico e médio.
Ele criticou a postura do governo, argumentando que não é aceitável ignorar as propostas e acordos feitas anteriormente.
Também estiveram presentes na assembleia os deputados distritais Fábio Félix (PSOLF), Gabriel Magno (PT), a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e o deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF) e a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa.
Mobilização
Ao final da atividade, os professores aprovaram um calendário de lutas. A próxima paralisação do Sinpro-DF será realizada dia 22 de maio, junto à Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília.
Além disso, serão realizadas nos meses de abril e maio assembleias regionais para discutir com a categoria as dificuldades encontradas nas escolas públicas, como salas de aula superlotadas, risco de falta de merenda, ausência da garantia de atendimento a estudantes especiais e falta de profissionais.
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::
Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino
Relacionadas
Como aconteceu na Câmara, deputados bolsonaristas presidem comissões na Assembleia do DF
Ibaneis Rocha vai a Justiça para derrubar diferentes leis voltadas aos direitos das mulheres no DF
Professores do DF marcam paralisação para discutir descumprimento por Ibaneis de acordo de greve
Outras notícias
PEC do Teto dos Gastos inviabilizou a educação pública no país, diz Dermeval Saviani